O tênis mundial está passando por uma transformação. A tradicional hegemonia de tenistas como Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic dá lugar a uma nova geração de jogadores que prometem mudar a dinâmica do esporte.
Não se trata apenas de jovens que estão chegando ao topo; estamos falando de um movimento que está reformulando como o jogo é jogado. E quem são os jogadores que se destacam nesse cenário? Eles são ousados, talentosos e, acima de tudo, estão assumindo o protagonismo no palco mundial.
Sinner, Alcaraz e Draper: 1º, 2º e 6º do mundo tem menos de 24 anos
Nos últimos anos, uma série de jovens tenistas emergiu e rapidamente chamou e a atenção por sua habilidade e mentalidade vencedora. Entre eles, nomes como o italiano Jannik Sinner (23 anos), o espanhol Carlos Alcaraz (21) e o britânico Jack Draper (23) têm sido os protagonistas dessa mudança. Esses jogadores não apenas oferecem uma nova perspectiva sobre o esporte, mas estão competindo diretamente com as lendas do circuito.
Alcaraz, número 2 da ATP (Association of Tennis Professionals) que já ocupou o topo mesmo sendo muito jovem, foi um dos primeiros a se destacar como o sucessor natural de Nadal, especialmente após sua impressionante vitória no US Open em 2022 com apenas 19 anos. Seu estilo de jogo agressivo, combinado com uma maturidade impressionante para sua idade, tem sido uma revelação, sendo considerado detentor de um dos maiores potenciais da história do tênis.
Seguindo a linha mais ousada, que se contrapõe à consistência e técnica impecáveis da geração anterior, Jannik Sinner é conhecido por seu jogo extremamente ofensivo junto à linha de base. O número 1 do mundo — que passou, no início de 2025, por uma polêmica em suspeitas de dopping — impressiona pela técnica única em backhands e forehands, responsáveis por adicionar muita velocidade a cada bola trocada com o adversário.
Já Jack Draper, 6º da ATP que é a aposta da Grã-Bretanha para suceder Andy Murray, também tem na potência e intensidade sua arma principal. Além do saque que pode se aproximar dos 220 km/h, Draper, mesmo jovem, está entre os principais tenistas do mundo nos chamados “pontos sob pressão” — break points, tie-breaks e demais pontos decisivos da partida. Isso indica a maturidade do jovem de 23 anos para se manter em seu melhor jogo mesmo em situações de risco, chamando a atenção de fãs e interessados em realizar palpites de tênis nos momentos mais emocionantes dos confrontos.
João Fonseca, mais jovem do ranking, lidera nova safra de tenistas brasileiros
O Brasil também tem se beneficiado dessa revolução, com novos talentos emergindo no cenário internacional. Jogadores como Thiago Monteiro (93º) e Felipe Meligeni (119º) estão em plena ascensão no ranking mundial — com Meligeni conquistando o Challenger 125 disputado na Cidade do México no dia 13 de abril e saltando 34 posições de uma só vez.
Mas o destaque vai para o promissor João Fonseca. Com apenas 18 anos, ele é o mais jovem de todo o ranking da ATP e já ocupava a 59ª posição no início de abril, tendo chances reais de se aproximar cada vez mais do top 10 mundial.
Sua conquista do Argentina Open em fevereiro — o mais novo, dentre brasileiros, a ganhar um torneio da ATP — veio para coroar o destaque conquistado ainda nas competições de juniores, em que chegou a ser o número 1 do ranking na categoria.
O próprio Alcaraz, em entrevista recente, destacou João dentre os nomes da nova geração que mais chamam a atenção. De acordo com o também jovem espanhol, o brasileiro tem um “tênis incrível, além de ser muito carismático em quadra”.